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Futuros Amantes

Sempre que ouço uma música, fico interpretando a letra...
Acho que é por isso, inclusive, que só instrumental nunca me atraiu muito.
Tem uma música do Chico, minha preferida, talvez... que diz o seguinte:

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

Eu sempre imaginei uma pessoa, esperando por outra “em silêncio”.
E esse amor ficaria guardado, “num fundo de armário”, em forma de “cartas, poemas, mentiras, retratos”...
Até que “milênios, milênios no ar” se passariam... e um dia um outro casal encontraria esses “vestígios”, que serviriam de inspiração para o amor deles.
E só assim o amor do primeiro casal seria concretizado: através de outras pessoas.
Sendo assim, eu também pensava que se o amor do primeiro casal nunca se concetrizou entre os dois, qual a vantagem de ficar esperando?
Qual a vantagem de pensar que “nada é pra já”? Que “o amor não tem pressa, ele pode esperar”?
Será que pode mesmo?




eu ia postar um vídeo aqui, mas o youtube ficou me enrolando e até agora não colocou o vídeo que eu escolhi no blog... então não se assustem se depois vocês encontrarem aqui o chico buarque postado três vezes seguidas (ou mais)...

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